Um experimento conduzido por pesquisadores americanos desenvolveu um algoritmo que previu, corretamente, 70,2% dos casos julgados pela mais alta instância da justiça estadunidense. O algoritmo interpretou todos os casos e julgamentos dos últimos dois séculos, e a partir disso, fez previsões baseadas em estatísticas.

Esse não é o primeiro estudo que utiliza algoritmos na tentativa de fazer previsões sobre os resultados de casos sob o julgamento da Suprema Corte Americana; contudo, é o que alcançou melhor resultado.

A maior eficiência deste algoritmo deve-se a nova associação de dados que foi utilizada. Ele considera todos os casos julgados pela Suprema Corte desde 1816, atribuindo dezesseis características para cada voto. Dentre as características atribuídas estão informações como: tribunal de origem, a existência ou não de sustentações orais e notas sobre o juiz autor do voto – dizendo se ele é mais conservador ou progressista.

A partir dessas informações, o algoritmo fazia sua previsão e a comparava com o real desfecho do caso. Através disso, ele aperfeiçoava cada vez mais as suas estratégias de cálculo, o que o permitiu alcançar um índice tão alto de assertividade. Índice maior que o de especialistas na área, inclusive – 66%.

O segredo do funcionamento deste algoritmo é o machine learning – um método de aprendizagem automatizada das máquinas, pelos quais elas conseguem identificar padrões e “aprender” através da análise de dados. Trata-se de uma tecnologia que têm sido aperfeiçoada ao longo dos anos, apresentando resultados cada vez mais surpreendentes.

Para muitos a ideia de uma máquina ser capaz de aprender pode ainda parecer distante, ou até mesmo absurda, mas é exatamente isso que inúmeros pesquisadores vêm comprovando. Máquinas, programas e sistemas de inteligência artificial são surpreendentes demonstrações do avanço tecnológico que conquistamos.

Todas estas conquistas devem ser – e já estão sendo – utilizadas a nosso favor. Para otimizar atividades cotidianas, garantindo precisão e assertividade, ao passo em que diminui a burocracia e a complexidade.

Ainda há muito a ser explorado no campo tecnológico, mas inúmeras das criações artificiais inteligentes já proporcionam seus benefícios, hoje. Certamente, ainda seremos muito surpreendidos.