Já é clichê dizer que a tecnologia não para de nos surpreender. Mas você já pensou ser possível produzir um perfume a partir da inteligência artificial?

Bem, isso não foi apenas pensado, como concretizado. A Boticário — uma das maiores empresas da área de perfumaria e cosméticos do país — se uniu à IBM — poderosíssima companhia norte-americana do setor de computação — para desenvolver uma fragrância a partir de inteligência artificial. 

Tudo começou com a criação da Philyra, uma máquina programada para aprender sobre “fórmulas, matérias-primas, dados históricos de sucesso e tendências de mercado”. Para isso, a IBM contou com o auxílio da Symrise, uma das mais importantes produtoras de sabores e aromas em nível global. 

Os algoritmos da Philyra, utilizando-se do que há de mais moderno em machine learning, filtraram milhares de composições e materiais, a fim de criar novas fórmulas. Assim, ela explorou todo o cenário de combinações possível, fornecendo inúmeros e valiosíssimos dados, capazes de preencher as lacunas existentes no mercado de perfumaria. 

Segundo explica a IBM, a Philyra é capaz de aprender e prever:

  • complementos de matérias-primas alternativas e substitutos que poderiam ser usados em uma fórmula específica;
  • a dosagem apropriada para uma matéria-prima baseada em padrões de uso;
  • a resposta humana (quão agradável e adequada é a fragrância para diferentes públicos;
  • a originalidade do perfume em comparação a um grande conjunto de fragrâncias comercialmente disponíveis“.

Com isso, a partir dos padrões definidos pela Boticário para o novo produto — um perfume exclusivo ao público masculino jovem do Brasil — a Philyra apresentou as combinações específicas mais ajustadas para satisfazer tal necessidade. 

Os perfumes criados pertencem à linha Egeo, e foram lançados no Dia dos Namorados, este ano. A parceria, porém, não deve parar por aí, e a Philyra ainda deve nos presentear com muitos outros aromas tecnológicos. 

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Você pode conferir a matéria completa da IBM aqui!