Dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica – IPEA, colhidos numa pesquisa sobre os efeitos da tributação, contabilizaram que os brasileiros gastam R$ 130 bilhões de reais a mais para consumir produtos nacionais e serviços. Isso seria resultado da chamada ‘assistência efetiva’, uma espécie de ‘proteção tarifária’ concedida aos produtores domésticos.

Essa assistência, que visa incentivar a produção de artigos com selo brasileiro, implica no não pagamento de tarifas de importação, por parte dos fabricantes. Em tese, isso deveria reduzir os preços para os consumidores, mas na prática, os benefícios alcançam apenas os próprios produtores – uma vez que eles aumentam o valor da venda sob o argumento de que se houvesse a incidência das tarifas de importação, os produtos seriam ainda mais caros.

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De acordo com a pesquisa, os resultados da assistência efetiva favorecem principalmente os setores de produção automobilística, tecnológica, têxtil e de combustível. Em contrapartida, os setores de serviço, como a construção civil, por exemplo, não são atingidos por essa proteção tarifária.

A pesquisa traz luz a um grande questionamento dos consumidores brasileiros: o porquê dos produtos made in brazil serem mais caros que os demais. Especula-se agora, partindo dos resultados divulgados, a possibilidade de alguma movimentação para pressionar o governo e mudar esse quadro, tornando essa diminuição tarifária em algo realmente favorável à sociedade; em um real incentivo ao consumo nacional, através do fim do efeito rebote nos preços.

Os efeitos dessa demanda mais incisiva por mudança, caso ela de fato aconteça, têm potencial transformador: é possível, que através da cobrança popular, os preços dos produtos nacionais estabilizem-se numa base justa, incentivando assim, realmente, o consumo dos produtos com selo brasileiro. Isso ainda pode contribuir com a formação de uma identidade própria mais sólida para o nosso país, uma vez que o povo aprenderá a valorizar e priorizar o que se produz aqui.